sexta-feira, 29 de julho de 2011

Bispo Edir Macedo propõe abstinência de lixo da TV, mas a Record exibe ‘A Fazenda 4’


O bispo Edir Macedo, da Igreja Universal, propôs aos fiéis em seu blog a realização de uma abstinência de lixo audiovisual nos primeiros 21 dias de agosto. “Será um jejum de toda e qualquer informação secular: TV, internet, jornais, revistas, radio, enfim, de tudo o que não for de Deus.”
Nestes dias, a quarta temporada do programa “A Fazenda”, da TV Record, emissora do bispo, deverá estar a todo vapor. Na busca de audiência a qualquer preço, esse reality show tem se equiparado em baixo nível com o Big Brother Brasil, da TV Globo.
No ano passado, “A Fazenda” ficou em segundo lugar no Ranking da Baixaria na TV, de acordo com levantamento da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Só perdeu para o “Pânico na TV”, da Rede TV!  A classificação foi feita com base em denúncias de telespectadores.
“A Fazenda” deste ano começou na terça-feira (19) e terá duração de 85 dias. Por enquanto, os participantes estão se conhecendo melhor.  O Compadre Washington, líder do grupo de pagode “É o Tchan”, por exemplo, já avisou Monique e Dinei que ele é feio, mas de uma coisa tem certeza: “Eu faço gostoso, a pegada aqui é boa”.
Se o Compadre e outros participantes cumprirem o que falam, o reality show terá boa audiência, recompensando o pesado investimento da emissora.
Uma das fontes de receita da Record, que possibilita investimento como esse, é a Igreja Universal, que compra o horário da madrugada da emissora a peso de ouro. O que vale dizer que os dizimistas que aderirem à abstinência do lixo televisivo estarão financiando as “pegadas” do Compadre Washington.
Em seu blog, Edir Macedo disse que não adianta ser religioso, obreiro, pastor e bispo se o fiel não estiver disposto a vencer “os espíritos das trevas” com iniciativas como a do jejum de lixo secular.
Mas o próprio bispo, pelo que fica subentendido, poderá não se submeter a tal jejum porque, como destacou, ficará dispensado quem trabalha ou depende de informação.
Espera-se, agora, que um dia o bispo Macedo promova jejum de hipocrisia.

http://www.overbo.com.br/bispo-edir-macedo-propoe-abstinencia-de-lixo-da-tv-mas-a-record-exibe-a-fazenda/
Fonte: 

terça-feira, 26 de julho de 2011

Crer ou não Crer: Eis o Cristão! (Parte II)

O Primeiro Diálogo

Por Bruno Pontes

    Em relação ao título proposto Hamlet é uma tragédia de William Shakespeare, escrita entre 1599 e 1601.[1][2] O drama reconta a história de como o Príncipe Hamlet tenta vingar a morte de seu pai, o rei, executando seu próprio tio, que o envenenou e em seguida tomou o trono casando-se com a mãe de Hamlet.
Traçando um mapa do curso de vida na loucura real e na loucura fingida – do sofrimento opressivo à raiva fervorosa (a famosa bipolaridade em conceitos psicanalíticos) – explorando desse modo, temas como: traição, inveja, vingança,incestocorrupção e moralidade.
            Não me assombraria em ver igrejas que ainda hoje, cinco séculos depois, protagonizem em seus “púlpitos e ministérios” o mesmo drama dirigido por Shakespeare em Hamlet, só que mais contextualizado, mais camuflado. Ora, em Naum 1:3 diz que “O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado”. Os cristãos devem agir com honestidade em relação às leis humanas, pois, quem não honra com as leis humanas, não pode honrar com as leis divinas e isso não procede de Deus, isso é óbvio para quem não quer se fazer de cego ou ser demente (ter memória curta!).
E não precisa ser um John Stott da vida para entender que isso não é a Igreja de Cristo e sim um celeiro de falsos cristãos! A igreja do Senhor é inabalável sim, mas, a humana... Não tenho nem dúvidas sobre isto! É apenas uma questão de tempo (Ap 12). Como sempre digo: “um dia as máscaras caem e os verdadeiros crentes sempre estarão dispostos a enfrentar os seus erros e o da verdadeira igreja” (isso é dar a cara a bater!).
A igreja não pode ‘premiar’ o pecador praticante, e ‘punir’ o confesso arrependido, parece-me que os valores cristãos dentro da própria igreja também vêm se invertendo; “agora o possesso é incluído com louvor e o que busca santidade é excluído sem pudor algum”, já está descarada a perseguição por aqueles que almejam em querer fazer o correto? Que loucura! Realmente Jesus está voltando. Que tristeza. Você está preparado para volta de Jesus? De verdade...


(Continua no segundo diálogo...)

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Série Conhecendo um pouco mais sobre: A IGREJA ANGLICANA

por Helton de Assis Freitas

Culto de celebração
Paróquia Anglicana da Comunhão- João Pessoa
A igreja anglicana, de origem inglesa, mistura em seu culto e pratica elementos católicos e protestantes. Chega ao Brasil em 1818. Porto alegre, pelotas e Rio Grande tornam-se os centros do anglicanismo no País.


Culto em Igreja Anglicana no Brasil
A igreja anglicana abole o celibato obrigatório, o culto a Maria e aos santos, entre outras doutrinas católicas romanas. De acordo com estimativas da própria igreja, em 2001 havia 106,4 mil adeptos em todo o Brasil.

Sua liturgia herda muito elementos católicos romanos, porém com grande influencia protestante. Algumas de suas crenças doutrinarias variam de acordo com a vertente (pois existem mais de um tipo de igreja Anglicana ao redor do mundo). No brasil, a maior parte das Igrejas Anglicanas assemelham-se com algumas igrejas evangélicas tradicionais, especialmente a Luterana e algumas Presbiterianas. Aqui no Brasil podemos encontrar Igrejas Anglicanas cujos cultos são marcados por cânticos bastante animados e com momentos de oração e até mesmo pregações caracteristeristicas de igrejas bem avivadas (teologicamente falando).
Catedral da Cantuária (principal Igreja Anglicana do Mundo)

Sacerdotes Anglicanos
É interessante observar que na prática, o anglicanismo não surgiu apenas no século XVI, com Henrique VIII. Existem relatos históricos que comprovam que desde o século III já existia o cristianismo na inglaterra, que no caso era a igreja celta.no concilio de Arles,  realizado em 314 d.C, na França, compareceram 3 bispos de uma igreja que existia na inglaterra que até então sua existência era praticamente desconhecida. Outra coisa: A igreja da Inglaterra sempre possuiu caracteristicas peculiares, um exemplo disso é a questão de que ela durante toda a sua história sua relação com o papado muitas vezes  (segundo alguns sempre) foi conflituosa. A igreja Anglicana também sempre foi conhecida por ser nacionalista.  
Se você deseja conhecer um pouco mais sobre a igreja Anglicana aconselho visitar a página: http://www.ieab.org.br/site/pt/historia/historia-do-anglicanismo

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Crer ou não Crer: Eis o Cristão! (Parte I)

por Bruno Pontes Costa

Qualquer semelhança com a celebre frase – “To be or not to be: that's the question” – da obra Hamlet, de William Shakespeare ou com sua igreja local, não importa onde, não será uma mera coincidência!


Crer ou não Crer: Eis o Cristão!  (Parte I) 

"No more! o never more!"
Shelley

" Crer é também Pensar."
John Stott

Introdução

Antes de iniciar minhas palavras, em um diálogo com um grande amigo e irmão em Cristo, gostaria de que este texto teológico-reflexivo (assim com os “anteriores”!) não fosse encarado como um dos episódios cômicos do super-herói atrapalhado da década de 70’, CHAPOLIN, quando o mesmo confecciona uma “roupa invisível para o rei”, onde só os “inteligentes” podiam ver (tô falando sério!).
Estas duas epígrafes são referidas de dois grandes pensadores, a primeira dePercy Bysshe Shelley, um dos mais importantes poetas românticos ingleses[3], inclusive citado com ênfase no poema Lembranças de morrer de Álvares de Azevedo, inserido na segunda geração romântica, conhecida também como Ultraromantismo. O tema principal aqui é a morte, a desilusão com a vida. A morte aqui é vista como escapismo, ou seja, o eu lírico não aceita a realidade e encontra na ideia da morte, como se a morte fosse um refúgio para seus conflitos interiores, por não quere lutar por ela, mas aceitar qualquer coisa para que ele continue como sempre esteve (acomodado). A indignação com a vida é tão grande que afirma "deixá-la como quem deixa o tédio", diferente de Paulo (Fp 1:21) onde afirma que “...morrer é lucro”. Aponta os sentimentos que seriam sentidos por aqueles que verdadeiramente o compreendem e são seus únicos e verdadeiros amigos.
É latente o pessimismo do eu lírico no poema, isso nada mais é do que uma das muitas características do Ultrarromantismo, sem finalidade religiosa ou social. Porém, para nós que somos cristãos precisamos aprender que necessariamente temos que morrer todos os dias, morrer para o passado pecaminoso impregnado em nossa essência humana. Morrer para a inércia pseudo-cristã que transforma a igreja ativa em uma igreja ativista. Cristãos acomodados, preguiçosos, que não evangelizam ninguém, não perdoam ninguém, não amam ninguém (embora falem que sim), não se preocupam com ninguém, a não ser com seus próprios interesses... Lembro-lhe que você não é o que você diz, e sim o que você faz lhe diz quem você é de verdade.
A segunda é do grande doutor em teologia britânico, o anglicano John Robert Walmsley Stott[6]em seu livro “Crer é também pensar”, fala sobre a vida Cristã, mais explicitamente sobre o pensamento ‘racional’ do cristão, na busca do conhecimento da palavra de Deus e do próprio Deus.  Stott passa a demonstrar que assim como o restante da Criação, a razão é um dos dons que Deus deu ao homem para que, com ela, o louvasse. “Não sejais como o cavalo, ou como a mula, que não têm entendimento”, adverte o salmista. Apesar de que tudo que tem fôlego seja convocado a louvar ao Senhor, apenas ao gênero humano, ou seja, todos nós; se exige que seja feito “com entendimento”. Afinal de contas, o cristão deve se esforçar por oferecer a Deus um sacrifício vivo, que é o “culto racional” (Rm 12).
Neste “livretinho” (só de tamanho) são apresentados diversos momentos em que o próprio Deus chama suas criaturas a pensar. Pelo menos em três momentos distintos, Ele chama para o debate (dialogar, e expor suas ideias não é bater de frente ou ser insubmisso)  “Vinde e arrazoemos, diz o Senhor”, ou questiona o porquê do não entendimento dos sinais dos tempos (“Por que não usais os vossos cérebros? Por que não aplicais ... o sentido comum ... ?”– interpretação livre do autor) e ainda convida para a arguição, “Eu lhe perguntarei, e tu me responderás”, o problema mesmo é que hoje tem crente que acredita em tudo o que se diz, na igreja e fora dela sem nem sequer perguntar primeiro à Deus (também, não oram mais! Nem leem mais as Sagradas Escrituras!). Todos esses chamados à racionalidade também levam à necessária responsabilidade que isso nos implica. Não se misturar com o pecado e nem se ajuntar com pecadores (Sl 1), nem participar de coisas erradas passando a mão ou empurrando com a barriga para encobrir pecado alheio (2 Jo 9-11)  ...
Então como deveremos responder a Deus? Ou como entender de maneira correta o que Ele nos diz? Por isso, os seres “criados para pensar” devem estar atentos ao simples fato (embora que para alguns isso é muito difícil de entender!) de que o seu Criador os responsabilizará em tudo a partir de seu conhecimento. A quem muito é  dado...
Esses conceitos mostram a importância que a racionalidade humana desempenha nas doutrinas da redenção e juízo. Quanto às doutrinas da criação e revelação, Deus mesmo se encarrega de incutir ao homem a tarefa de pensar a organização do mundo criado – nomeando-o – e Ele mesmo se apresenta aos seres decaídos através de palavras, prezando e preservando sua racionalidade.
Aliás, a exposição de toda essa obra está em sintonia com a recomendação de S. Pedro, ao afirmar que ao conhecimento (o que pressupõe racionalidade) devem ser acrescentadas a temperança, a perseverança, a piedade, a fraternidade e principalmente ao amor. Esse caráter deve ser reforçado, pois frequentemente uma suposta racionalidade desenvolvida pode levar seu possuidor ao orgulho contra os que não a possuem (e como tem crente orgulhoso e soberbo achado que Deus só fala com ele, que pobre não?). E assim, essa racionalidade dada a e exigida de nós por Deus para o seu serviço e não o da igreja terrena estaria sendo descaracterizada, uma vez que ela foi dada como um instrumento de serviço para a expansão do Reino para o povo fora da Eclésia.
De acordo com S. Paulo: “E isto peço em oração: que o vosso amor aumente mais e mais no pleno conhecimento e em todo o discernimento, para que aproveis as coisas excelentes, a fim de que sejais sinceros, e sem ofensa até o dia de Cristo”.