quinta-feira, 27 de setembro de 2012

DICA DE LEITURA: NÃO TENHO FÉ SUFICIENTE PARA SER ATEU

Idéias contrárias a fé cristã de vez em quando bombardeiam os alunos do ensino médio e das u
niversidades. Este livro serve como um antídoto excepcionalmente bom para refutar tais premissas falsas. Ele traz informações consistentes para combater os ataques violentos das ideologias seculares que afirmam que a ciência, a filosofia e os estudos bíblicos são inimigos da fé cristã.

Antes de tocar a questão da verdade do cristianismo, essa obra aborda a questão da própria verdade, provando a existência da verdade absoluta. Os autores desmontam as afirmações do relativismo moral e da pós-modernidade, resultando em uma valiosa contribuição aos escritos contemporâneos da apologética cristã.

Ela também esclarece dúvidas que muitos ateus e até mesmo crentes possuem sobre inspiração divina da Bíblia, o problema do mal, supostas contradições das escrituras e historicidade dos acontecimentos bíblicos.

Escrito por dois grandes gênios do cristianismo contemporâneo. Autores renomados nas universidades da América do Norte e no campo da Teologia e filosofia.

Geisler e Turek prepararam uma grande matriz de perguntas difíceis e responderam a todas com habilidade. Uma defesa lógica, racional e intelectual da fé cristã. 

BOA IDÉIA!


EXEGESE TEXTUAL E ANALÍTICA LITERÁRIA (João 21:20-25)



Prof. Bruno Pontes da Costa*

Para meus amigos(Pastores, teólogos e Linguistas) e a meus alunos de Exegese do NT sobre duas supostas dúvidas ocorrida na leitura do texto em análise:
1ª) Jesus falou que Pedro não morreria?
2ª) Jesus falou para o discípulo que ele não morreria enquanto Deus não cumprisse seus planos?
Então respondendo a tais questionamentos fiz uma exegese superficial sobre o assunto obtendo as seguintes 

 Introdução
  
Esta exegese tem por finalidade esclarecer algumas dúvidas emergentes do texto de João 21:20-25, no intuito de solucionar possíveis desvios de interpretação ou equívocos teológicos e linguísticos oriundos do desconhecimento dos textos originais nas línguas Grega e Latina, bem como sua real análise sintática e morfológica (lexical), para embasar nosso estudo de forma prática e clara.
Em primeiro lugar, se faz necessário identificar que no texto em análise, pode-se constatar que existem três (03) pessoas coexistentes no discurso, e que existe uma relação entre elas durante a leitura, relação essa que chamaremos de 1ª Relação (Relação Interpessoal), ou seja, é possível constatar que ocorre uma participação ativa e passiva dessas três pessoas no contexto, identificadas com: Ἰησοῦς (Jesus), Πέτρος (Pedro) e τὸν μαθητὴν ὃν ἠγάπα ὁ Ἰησοῦς (o discípulo que Jesus amava) cf. Jo 21:20.
          Nos versículos anteriores o diálogo já existia entre duas personagens apenas: Jesus e Pedro (cf. Jo 21:15-19). Encontramos então neste primeiro momento (no v.20), o aparecimento e a participação desta outra personagem, que neste caso é um dos Discípulos de Jesus “aquele discípulo a quem Jesus amava”.
Assim, o identificamos como “o discípulo amado”, o mesmo da cena da Última Ceia, onde reclinara a cabeça sobre o tórax de Jesus v.20 – João, interligado a figura de linguagem elíptica cf. Jo 21:7; Jo 13:23; Jo 20:2.
          A segunda confirmação da personagem do texto ser conclusivamente o discípulo João, encontra-se    na “autoafirmação” de que o mesmo que escreve o Evangelho é também testemunha ocular da cena em pauta, ratificando dessa forma a veracidade dos fatos relatados: “Este é o discípulo que dá testemunho destas coisas e as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro.” v.24.

  
 

Logo, podemos concluir certamente quem eram os três participantes desta 3ª aparição de Jesus pós Ressurreição no caso estudado, esta informação nos facilitará explicar as demais relações textuais encontradas a seguir.
          2ª Relação a ser feita está no discurso emitido por Jesus em relação à proximidade com os dois discípulos (Pedro e João), e seu diálogo exclusivo com o Apóstolo Pedro em reação ao outro; esta relação nomearemos de Relação de Proximidade. Isso denota uma explicação evidentemente gramatical e semântica e não figurada ou metafórica,excluindo assim qualquer possibilidade de equívoco interpretativo, vejamos:
 No v.20, Pedro vira-se para ver a chegada da 3ª Pessoa a participar desse fato, sendo reconhecido pelo próprio narrador (João), em “E Pedro, virando-se, viu que o seguia aquele discípulo a quem Jesus amava...” v.21a, como no Grego: τὸν μαθητὴν (Koinê) = o discípulo; e no Latim: illum discipulum (Vulgata) = aquele discípulo; ou seja, um Pronome Demonstrativo na 3ª Pessoa do Singular Masculino = aquele.
 No v.21a, “Ora, vendo Pedro a este, perguntou a Jesus:”, neste momento o narrador se coloca em 1ª Pessoa em Relação de Proximidade com Pedro (a este = o discípulo amado = João = Autor do Evangelho).

                       Este              Esse           Aquele
                        Eu                 Tu                Ele
                      1ª Pessoa    2ª Pessoa     3ª Pessoa  (Singular Masculino)

No v.22, “... Se eu quiser que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso? [...]” Nesse momento fica explícito que o diálogo de Jesus tem com Pedro, se refere a João como “ele”, essas relações pronominais também se identificam seus devidos Pronomes: Jesus = eu, pelo Pronome Pessoal do Caso Reto na 1ª Pessoal do Singular Masculino, Pedro = tu, no PP CR 2ªPSM*² e João = ele, no PP CR 3ªPSM*². 

                              
                                    Pedro      Jesus                     João     
                                       "Tu"                "Eu"                           "Ele"

A partícula “Se” utilizada por Jesus no início do v.22, como Pronome Relativo, completando o sentido de “eu quiser” – vontade soberana - transforma o diálogo em uma tensão entre Jesus e Pedro, fazendo com que a oração Subordinada Adjetiva, passe a ser concebida como uma frase interrogativa. Situação a qual Jesus em nenhum momentodeste versículo, ou, nos versículos seguintes, afirma a intenção de fazer com que João permaneça aqui ou não, em resposta a proposição de Pedro no v.21b, Senhor, e deste que será?”.
Não ocorre de fato a concretização do pensamento de Jesus (em deixar João até o seu regresso) em ato consumado, realmente.
Esta parte do versículo isolada é apenas, única e exclusivamente interrogativa, não podendo assim, se tirar quaisquer conclusões sobre o assunto. É uma oração inacabada, precisando de complemento, sendo prematura qualquer opinião sobre o tópico.
 Porém, o v. 23 é o versículo chave desse texto, e o mais importante em relação aos fatos que se sucederão em sequência.  O próprio versículo indica a resposta do equívoco semântico e interpretativo, tanto dos discípulos, quanto dos teólogos nos dias atuais sendo o versículo determinante de toda locução.
Acompanhe atentamente o que se segue:

O Evangelho Segundo S. João 21:23
Versão
Grego (Grego Koinê: SBL Grego do Novo Testamento: SBLGNT)
1
ἐξῆλθεν οὖν οὗτος ὁ λόγος εἰς τοὺς ἀδελφοὺς ὅτι ὁ μαθητὴς ἐκεῖνος οὐκ ἀποθνῄσκει. οὐκ εἶπεν δὲ αὐτῷ ὁ Ἰησοῦς ὅτι οὐκ ἀποθνῄσκει ἀλλ’• Ἐὰν αὐτὸν θέλω μένειν ἕως ἔρχομαι, τί πρὸς σέ;
Versão
Latim (Jerome's A.D. 405 Bíblia Sacra Vulgata Latina)
2
exivit ergo sermo iste in fratres quia discipulus ille non moritur et non dixit ei Iesus non moritur sed si sic eum volo manere donec venio quid ad te
Versão
Tradução Literal para o Português/Brasil (*)
3
Portanto, saiu esta palavra (divulgou-se esta notícia) para os irmãos, que aquele discípulo (João) não morre. No entanto, Jesus não disse a ele (a Pedro) que "ele (João) não morre", mas: "Caso Eu deseje ele permanecer enquanto Eu venho, que importa a ti?"
Versão
João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada (2007) Português/Portugal
4
Divulgou-se, pois, entre os irmãos este dito, que aquele discípulo não havia de morrer. Jesus, porém, não disse que não morreria, mas: se eu quiser que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso?


Visto o texto em quatro Versões distintas, utilizaremo-as como modelo argumentativo para as teses infra mencionadas, a partir de dois equívocos:

O 1º Equívoco – Está no fato de achar que “aquele discípulo” o qual o texto se refere é “Pedro” quando na verdade deveria ser atribuído a “João”. v.23, “Divulgou-se, pois, entre os irmãos este dito, que aquele discípulo não havia de morrer. Jesus, porém, não disse que não morreria, mas: se eu quiser que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso?”; uma vez que na locução fica explicitado que a expressão “aquele discípulo” se refere a João (ele) e não a Pedro, conforme v.20 (aquele), v.21 (deste), v.22 (ele), que agora retoma o discurso para identificar-se como o motivo de disseminação de “boatos” entre os próprios discípulos restantes, implícito no início do versículo 23: Divulgou-se, pois, entre os irmãos este dito, que de acordo com o texto original na Versão 1: ἐξῆλθεν οὖν οὗτος ὁ λόγος εἰς τοὺς ἀδελφοὺς, se traduz como: Portanto, saiu esta palavra (divulgou-se esta notícia) para os irmãos (Versão 3). Os irmão são os demais discípulos e Jesus falara não de Pedro, mas sim de João.
Tal equívoco é muito comum em algumas exegeses católicas para darem maior sustentabilidade na “suposta” patriarcalidade romana ao Apóstolo Pedro, ou em exegeses protestantes com tendências pentecostais (neste caso errôneas!) para sustentar o cumprimento messiânico de Pedro em dar continuidade ao ministério eclesiástico e espiritual legado ao referido discípulo por Jesus (cf. Mt 16:18; Mt 18:18; At 4:4), divergindo assim das Sagradas Escrituras.

O 2º Equívoco – Encontra-se no fato de achar que Jesus “afirmou que o discípulo João não morreria” (οὐκ ἀποθνῄσκει), cf. “que aquele discípulo não havia de morrer.” (Versão 4), porém, no mesmo texto, o autor do Evangelho deixa claro que tal notícia não tinha fundamento algum, argumentando inclusive com a negação completa de tal “dito divulgado entre os irmãos”v.23a;  sendo notório em todas as línguas, traduções e versões do Novo Testamento.

ü  No Grego: οὐκ εἶπεν δὲ αὐτῷ ὁ Ἰησοῦς ὅτι οὐκ ἀποθνῄσκει (Versão 1), o texto deixa claro que Jesus “não disse” (οὐκ εἶπεν) que o discípulo não morreria (οὐκ ἀποθνῄσκει);

ü  No Latim: et non dixit ei Iesus non moritur (Versão 2); Onde se percebe nitidamente a língua materna expressando em sua tradução: non moritur = “não morreria”, sendo apenas antecipado na oração o nome de Jesus negando tal sentença em relação à tradução de língua portuguesa;

ü  Em Português: Jesus, porém, não disse que não morreria (Versão 4), inclusive nas mais diversas versões para nossa língua (RC, RAA, NTLH, Restauração, Ave Maria, NVI...) João enfatiza o fato Dele (Jesus) não afirmar a vida eterna ao discípulo; 

ü  No Alemão: Und Jesus sprach nicht zu ihm: „Er stirbt nicht ( A Bíblia de Luthero - Lutherbibel 1912), nicht = não;

ü  No Inglês: yet Jesus said not unto him, He shall not dieA Versão do Rei James King James Version of the Holy Bible), not = não;

E por fim, na Tradução Literal dos textos bíblicos: “Jesus não disse a ele (Pedro) que "ele (João) não morre" (Versão 3), ou seja, percebe-se que houve uma tentativa exegética frustrada de colocar afirmações teológicas particulares, parciais ou tendenciosas que evidenciam um erro comum no meio cristão, de que: O crente em Jesus Cristo não pode morrer enquanto não se cumprir as promessas sobre sua vida!
Entrando em contradição com a Palavra de Deus em diversas passagens que apenas ratificam nosso entendimento acima apresentado. E tal relação afirmativa não é bíblica, uma vez que o próprio Deus não poupou o seu próprio filho da morte (Rm 8:32), onde todos nós deveremos morrer em Cristo, para também ressuscitar com Ele (Jo 6:40; Jo 6:44; Jo 6:54; Rm 6:8; 1 Co 6:14; 2 Tm 2:11) e todo e qualquer tempo relacionado aos propósitos de Deus é Kairós e não Chronos (tempo de Deus e não tempo humano).
Jesus acabara de explicar a Pedro as circunstâncias em que se daria a Sua morte. Pedro estava curioso se sua experiência seria semelhante à do discípulo amado, que escreveu o Evangelho de João (v. 24). Jesus fugiu da pergunta com uma mensagem cifrada: "Se Eu prefiro que ele permaneça vivo até que Eu venha, o que você tem a ver com isso?" (Tradução Livre).
 O texto faz uma clara distinção entre o "morrer" e o "permanecer". A morte é passageira, porém a permanência no amor, deve ser em Jesus.

                No v.24, o discípulo João, confirma sua autenticidade apostólica em afirmar categoricamente: Este é o discípulo que dá testemunho destas coisas e as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro, declarando ser o próprio autor (João), confirmando que o referido dito que saiu entre os irmãos (em v.23a) foi apenas um equívoco, e assume a responsabilidade da heurística (da verdade dos fatos agora relatados), até mesmo pelos fatos históricos de Pedro ser um pescador, rude e não alfabetizado e do Evangelho de João ter sido escrito entre os anos 95 e 100 d,C., tendo sido aceito cronologicamente o último a ser escrito dentre os quatro Evangelhos, em Patmos.
Enquanto o Filósofo e Historiador Orígenes (185 - 253) responsável pela Escola Catequética de Alexandria afirmou que: "Pedro, ao ser martirizado em Roma, pediu e obteve que fosse crucificado de cabeça para baixo", "Pedro, finalmente tendo ido para Roma, lá foi crucificado de cabeça para baixo." Fato ocorrido aproximadamente em 67 d.C*³, morrendo bem antes de ter sido escrito o Evangelho de João, sendo mais uma prova cabal de que tais equívocos não podem prevalecer.

Conclusão

Diante de tais comprovações chegamos as seguintes conclusões:
Primeiro que pela exegese textual fica provado e comprovado que Jesus se referia a João, durante todo seu diálogo com Pedro: No seu reconhecimento (v.20), no questionamento de Pedro sobre a sua situação (v.21), quando indagou se ele quisesse deixá-lo (v.22), no posicionamento soberano de sua escolha (v.23), e na sua autoria e confirmação (v.24).
Em segundo, que houve um conflito de informações durante a divulgação desse diálogo de Jesus com Pedro (v.23a), ocasionando uma falsa crença de que João possivelmente não morreria, pois Jesus talvez tivesse uma predileção pelo discípulo, poupando-o assim dos acontecimentos vindouros (sua segunda vinda e o arrebatamento). Conflito esse resolvido no próprio contexto, onde o autor confirma que Jesus não falou a Pedro que ele próprio não morreria, “mas: se eu quiser que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso?” (v.23c), informando a Pedro que deveria prestar a mais atenção em suas escolhas (vida) que na de João: ...que tens tu com isso? Segue-me tu. (v.22)
 Por fim, confrontados os equívocos existentes, com os Textos Sagrados originais e de outros idiomas, torna-se perceptível a clareza na verdade dos fatos (a heurística) envolvidos, facilitando assim a leitura crítico-interpretativa com maior profundidade e sustentabilidade científica na exposição das supracitadas referências.

E como já dizia John Stott: Crer é também pensar!



Referência

MARCOS FERNANDEZ, N., 1973: A Septuaginta na pesquisa contemporânea, Madrid.

VILSON SCHOLZ e ROBERTO G. BRATCHER (trads.), Novo Testamento Interlinear Grego-Português (Sociedade Bíblica do Brasil, 2004).

RIENECKER, Fritz; ROGER, Cleon. Chave linguística do Novo Testamento Grego. São Paulo: Vida Nova, 1995

LIDDELL and SCOTT. Greek-English Lexicon. Oxford University Press.

PEREIRA, IsidroDicionário Grego-Português e Português-Grego. Porto: Ed. Apostolado da Imprensa



Textos e Traduções


Grego Koinê (LXX)

20 Ἐπιστραφεὶς ὁ Πέτρος βλέπει τὸν μαθητὴν ὃν ἠγάπα ὁ Ἰησοῦς ἀκολουθοῦντα, ὃς καὶ ἀνέπεσεν ἐν τῷ δείπνῳ ἐπὶ τὸ στῆθος αὐτοῦ καὶ εἶπεν· Κύριε, τίς ἐστιν ὁ παραδιδούς σε;
21 τοῦτον οὖν ἰδὼν ὁ Πέτρος λέγει τῷ Ἰησοῦ· Κύριε, οὗτος δὲ τί;
22 λέγει αὐτῷ ὁ Ἰησοῦς· Ἐὰν αὐτὸν θέλω μένειν ἕως ἔρχομαι, τί πρὸς σέ; σύ μοι ἀκολούθει.
23 ἐξῆλθεν οὖν οὗτος ὁ λόγος εἰς τοὺς ἀδελφοὺς ὅτι ὁ μαθητὴς ἐκεῖνος οὐκ ἀποθνῄσκει. οὐκ εἶπεν δὲ αὐτῷ ὁ Ἰησοῦς ὅτι οὐκ ἀποθνῄσκει ἀλλ’· Ἐὰν αὐτὸν θέλω μένειν ἕως ἔρχομαι, τί πρὸς σέ;
24 Οὗτός ἐστιν ὁ μαθητὴς ὁ μαρτυρῶν περὶ τούτων καὶ ὁ γράψας ταῦτα, καὶ οἴδαμεν ὅτι ἀληθὴς αὐτοῦ ἡ μαρτυρία ἐστίν.
25 ἔστιν δὲ καὶ ἄλλα πολλὰ ἃ ἐποίησεν ὁ Ἰησοῦς, ἅτινα ἐὰν γράφηται καθ’ ἕν, οὐδ’ αὐτὸν οἶμαι τὸν κόσμον χωρήσειν τὰ γραφόμενα βιβλία.  

Latim (Vulgata Latina) Sacra

20 conversus Petrus vidit illum discipulum quem diligebat Iesus sequentem qui et recubuit in cena super pectus eius et dixit Domine quis est qui tradit te
21 hunc ergo cum vidisset Petrus dicit Iesu Domine hic autem quid
22 dicit ei Iesus si sic eum volo manere donec veniam quid ad te tu me sequere
23 exivit ergo sermo iste in fratres quia discipulus ille non moritur et non dixit ei Iesus non moritur sed si sic eum volo manere donec venio quid ad te
24 hic est discipulus qui testimonium perhibet de his et scripsit haec et scimus quia verum est testimonium eius
25 sunt autem et alia multa quae fecit Iesus quae si scribantur per singula nec ipsum arbitror mundum capere eos qui scribendi sunt libros amen

Tradução Literal baseado nos textos anteriores (Pr. Bruno Pontes)




20 Então Pedro, havendo-se voltado, vê seguindo-O (seguindo Jesus)*¹ aquele discípulo (João) a quem Jesus amava (aquele que também, na ceia, se recostou sobre o peito dEle (de Jesus), e que disse: "Ó Senhor, quem é que Te está traindo?")
21 Pedro, havendo visto este (João), diz a Jesus: "Ó Senhor, e que será deste varão?"
22 Jesus lhe diz: "Caso Eu deseje ele permanecer enquanto Eu venho, que importa a ti? Segue-Me tu."
23 Portanto, saiu esta palavra para os irmãos, que aquele discípulo (João) não morre. No entanto, Jesus não disse a ele (a Pedro) que "ele (João) não morre", mas: "Caso Eu deseje ele permanecer enquanto Eu venho, que importa a ti?"
24 Este (João) é o discípulo que está testificando a respeito destas coisas e havendo escrito estas coisas; e temos sabido que o testemunho dele (de João) é verdadeiro. 
25 E também há muitas outras coisas, tantas quanto Jesus fez; as quais, se fossem escritas uma por uma, eu suponho nem ainda o mundo, ele mesmo, ter espaço para os livros que estariam sendo escritos. Que assim seja!

Tradução João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada (ARA - Pt/Portugal)

20 E Pedro, virando-se, viu que o seguia aquele discípulo a quem Jesus amava, o mesmo que na ceia se recostara sobre o peito de Jesus e perguntara: Senhor, quem é o que te trai?
21 Ora, vendo Pedro a este, perguntou a Jesus: Senhor, e deste que será?
22 Respondeu-lhe Jesus: Se eu quiser que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso? Segue-me tu.
23 Divulgou-se, pois, entre os irmãos este dito, que aquele discípulo não havia de morrer. Jesus, porém, não disse que não morreria, mas: se eu quiser que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso?
24 Este é o discípulo que dá testemunho destas coisas e as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro.
25 E ainda muitas outras coisas há que Jesus fez; as quais, se fossem escritas uma por uma, creio que nem ainda no mundo inteiro caberiam os livros que se escrevessem.



* - Sociólogo, Teólogo e Cientista da Religião; Mestrando em Ciências da Educação, pela Universidade Lusófona de Humanidade e Tecnologia (ULHT - Pt); Mestre em Divindade (Magister Divinitatis), pela FATEFFIR. Diretor Acadêmico da FAENOR - Faculdade, João Pessoa/PB. Aluno da Licenciatura em Línguas Clássicas (Grego e Latim) da UFPB.
E-mail: brunopontescosta@gmail.com

*¹ - () Observações feitas pelo autor durante o processo de tradução, para auxiliar a interpretação léxica (morfológica) do português.

*² - Pronome Pessoal do Caso Reto na 2ª Pessoa do Singular Masculino; Pronome Pessoal do Caso Reto na 3ª Pessoa do Singular Masculino.

*³ - Acesso em 24/09/2012, às 23h39min. http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Pedro