por HELTON DE ASSIS
Infelizmente alguns historiadores afirmam isso. Porém de onde tiraram essa idéia eu nem imagino.
Infelizmente alguns historiadores afirmam isso. Porém de onde tiraram essa idéia eu nem imagino.
Isso é uma afirmação
falsa e perigosa. Pois além de não ter embasamento histórico, serve apenas para
“dá nó na cabeça” de alguns cristãos ou simpatizantes do cristianismo. Outros
estudiosos afirmam isso apenas como um pretexto para prejudicar a integridade
do Novo testamento. Como já dizia Eistein, é mais fácil desintegrar um átomo do
que um preconceito.
Aqui cito três motivos
pelos quais afirmo que o Novo Testamento não foi alterado pelo Imperador Romano
Constantino:
1 Temos dezenas de cópias dos evangelhos
que são anteriores a Constantino. Atualmente podemos
encontrar fragmentos do evangelho de João que datam de 150 d.C. A partir desses
documentos, podemos fazer comparações com os manuscritos bíblicos
pós-Constantino, e assim chegarmos à conclusão de que os conteúdos dos textos
permanecem inalterados.
A seleção dos
livros que fariam parte do NT foram feitas, independente de Constantino, pelos
chamados pais da Igreja, que foram grandes pastores do inicio do cristianismo.
No livro “Os 100
Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo” de autoria de
A. Kenneth Curtis, J. Stephen Lang e Randy Petersen, podemos ler sobre, como de
fato, foi feito a seleção dos livros:
“ Havia dois critérios
fundamentais, usados pela igreja para identificar o cânon (kanon é a palavra
grega para "padrão"): a origem apostólica e o uso dos textos nas
igrejas.
Com relação à origem apostólica, a igreja incluiu Paulo entre os
apóstolos. Embora não tenha caminhado com Cristo, Paulo se encontrou com ele na
estrada para Damasco. A abrangência de sua atividade missionária — relatada no
livro de Atos dos Apóstolos — fez dele o próprio modelo do apóstolo.
Cada evangelho precisava estar relacionado a um apóstolo. Desse modo, o
evangelho de Marcos, associado a Pedro, e o de Lucas, relacionado a Paulo,
receberam um lugar no cânon. Depois da morte dos apóstolos, os cristãos
valorizaram o testemunho dos livros, muito embora não portassem o nome de um
apóstolo como autor.
Com relação ao uso dos textos nas igrejas, a orientação parecia ser a
seguinte: "Se muitas igrejas usam um texto, e se ele continua a
edificá-las, logo esse texto deve ser inspirado".
Embora esse padrão mostre uma abordagem bastante pragmática, existe uma lógica
por trás dele: alguma coisa inspirada por Deus, sem dúvida, inspirará muitos
adoradores. O texto que não foi inspirado acabaria, mais cedo ou mais tarde,
por cair em desuso.
Infelizmente, esses padrões somente não eram capazes de estabelecer
quais seriam os livros do cânon. Diversos textos flagrantemente heréticos
carregavam o nome de um apóstolo. Além disso, algumas igrejas utilizavam textos
que outras não se preocupavam em usar.
Por volta do final do século II, os quatro evangelhos, o livro de Atos e
as epístolas de Paulo eram grandemente valorizadas em quase todos os lugares.
Embora não existisse ne nhuma lista "oficial", as igrejas tinham a
tendência crescente de se voltar para esse material como fonte de autoridade
espiritual. Bispos influentes como Inácio, Clemente de Roma e Policarpo
contribuíram para que esses textos alcançassem ampla aceitação. Contudo, ainda
havia muita disputa com relação a He-breus, Tiago, 2 Pedro, 2 e 3 João, Judas e
Apocalipse.
A heresia era uma maneira de fazer com que os cristãos ortodoxos
esclarecessem suas posições. Até onde sabemos, a primeira tentativa de
elaboração do cânon foi feita por Mar-cião, que incluiu apenas dez das treze
epístolas de Paulo e o evangelho de Lucas bastante modificado. Mais tarde,
outros grupos heréticos defenderiam seus "livros secretos",
normalmente os que tinham o nome de um apóstolo ligado a eles.
Uma lista ortodoxa primitiva, compilada por volta do ano 200, foi o
Cânon muratório, elaborado pela igreja de Roma. Ele incluía a maioria dos livros
presentes hoje no Novo Testamento, mas adicionava o Apocalipse de Pedro e a
Sabedoria de Salomão. Listas posteriores omitiram alguns livros, e deixaram
outros, mas continuavam sendo bastante similares. Obras como O pastor, de
Hermas, o Didaquê e a Epístola de Barnabé eram muito consideradas, embora as
pessoas tivessem dificuldade em considerá-las escritura inspirada.
Em 367, Atanásio, o bispo de Alexandria, influente e altamente ortodoxo,
escreveu sua famosa carta oriental. Nesse documento, enumerava os 27 livros que
hoje fazem parte do nosso Novo Testamento. Na esperança de impedir que seu
rebanho caminhasse rumo ao erro, Atanásio afirmou que nenhum outro livro
poderia ser considerado escritura cristã, embora admitisse que alguns, como o
Didaquê, pudessem ser úteis para devoções particulares.
A lista de Atanásio não encerrou esse assunto. Em 397, o Concilio de
Cartago confirmou sua lista, mas as igrejas ocidentais demoraram muito para
estabelecer o cânon. A contenda continuou com relação aos livros questionáveis,
embora todos terminassem aceitando o Apocalipse.
No final, a lista de Atanásio recebeu aceitação geral e, desde então, as
igrejas por todo o mundo jamais se desviaram de sua sabedoria.”
3. 3. Segundo
muitos estudioso da história eclesiastica, Constantino permaneceu pagão até o
final. Ele provavelmente “pretendeu se converter”, motivado por
interesses politicos. Constantino seria o que chamamos de “cristão
nominal”.
O fato de que ele foi
batizado apenas pouco tempo antes de sua morte, indica sua superficialidade
como cristão.
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